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Associação civil sem fins lucrativos, com objetivo cientifico cultural e assistencial, fundada em 2003.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mais Respeito ao Enfermeiro!!


A Enfermagem é uma das profissões mais antigas que existe, se não for a mais antiga, já que traz em sua essência o CUIDADO, cuidado de mãe, pai, de cidadão para consigo e com o próximo, cabendo ao ENFERMEIRO as competências de gerenciamento, supervisão e coordenação de todo o serviço de Enfermagem, o qual é realizado por outros enfermeiros e também pela equipe composta por técnicos e auxiliares de enfermagem, além disso, o ENFERMEIRO também realiza o cuido direto aos usuários, seja através da Assistência de Enfermagem prestada em unidades Hospitalares, Unidades de Saúde e até em espaços comunitários ou na própria residência de nosso usuário. Em virtude desse espaço que o Enfermeiro conquistou e vem conquistando, o mesmo vem aperfeiçoando seu aprendizado e conhecimento, o que o leva a estar muitas vezes, à frente de vários serviços que demandam um olhar técnico, gerencial e humano. Por tudo isso, a Categoria Profissional manifesta a sua total indignação e repudio as declarações feitas no blog do Valfrido Silva. Se a nossa Vice-Prefeita senhora Dinaci Vieira Marques Ranzi, fez algum comentário, ou colação ofensiva contra a categoria dos Enfermeiros, compete apuração e retratação se este for o caso. Agora, partir para criticas generalizando toda a categoria, a partir de um comentário, o qual é aberto e de direito de qualquer pessoa, isso sim é desrespeito e ofensa. Fica aqui o nosso protesto!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Reflexões sobre o perfil do gerente (gestor) de unidade na Saúde Pública.


Por Sandro Ávalo - Enfermeiro de ESF município de Dourados MS

Ao conceituarmos competência Aurélio (2010) descreve como qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa, capacidade, habilidade, aptidão e idoneidade. Direcionando para área de recursos humanos entende-se sendo habilidade e atitudes que afetam a maior parte do trabalho de uma pessoa e que se relacionam com o desempenho no trabalho (ANDRÉ; CIAMPONE, 2007).
Assim a competência no exercício do trabalho é de vital importância, ganhando grande ênfase no que tange ao gerenciamento. Desenvolver a competência gerencial abrange ao nível do saber e conhecimento, entendendo as teorias, conceitos, dados sobre o ambiente, o processo de produção e as organizações, diagnosticar problemas, definir, difundir e implementar situações, organizar o trabalho e gerir o pessoal, ser ético ter empatia e pragmatismo (RAMIRES et al., 2004).
O gestor de serviços de saúde enquanto líder deve saber trabalhar com sua equipe de maneira a desenvolver os conhecimentos e habilidades do grupo, trazendo sinergia e desenvolvimento contínuo do mesmo. Dessa maneira o gerenciamento local de saúde deve ser desenvolvido por profissional competente, capaz de liderar e agregar valor, aumentando o potencial de sua equipe e conjugando esforços para usufruir recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos resultando em aumento da resolutividade dos serviços na área adscrita seguindo o modelo assistencial respaldado pela epidemiologia social (ANDRÉ; CIAMPONE, 2007)
            Atualmente concordamos que é indispensável para o gerente a bagagem de conhecimentos, capacidade de análise, capacidade de ação, aprimoramento de práticas e determinação em alcançar resultados.
            Ramires et al. (2004) em revisão de estudos acerca do tema, notou grande dificuldade no processo de elevar a realização competente das funções básicas dos serviços de saúde em consonância com as necessidades da população. A formação e capacitação técnica de gerentes é essencial para obtenção de melhores resultados e qualidade na assistência prestada.
            O projeto GERUS (Gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde) é uma ferramenta atualmente utilizada no município no campo de desenvolvimento de recursos humanos em saúde, voltado para qualificação técnica e administrativa dos gerentes das Unidades Básicas de Saúde (UBS e ESF), aumentando a capacidade gerencial, com intuito de conseguir mudanças nas práticas sanitárias e de atenção à saúde, foi criado em 1993 pelo Ministério da Saúde.
            Atualmente no município encontramos 7 enfermeiros participando da pós graduação GERUS.
Em outra pesquisa realizada em São Paulo com 19 gerentes de Unidades de Saúde, os autores concluíram que

Além das limitações de ordens práticas, financeiras e as ligadas à legislação municipal, existe a subjetividade permeando as relações de poder advindas da dimensão político-partidária. A ascensão à posição de gestor de UBS não é decorrente de avaliação meritória, mas proveniente de indicação política, relações de amizade e confiança mantidas com o superior hierárquico imediato ou com instâncias políticas superiores. Por exemplo, cada vez que muda o Prefeito, ocorrem indicações para cargos considerados de confiança, que se estendem também aos escalões técnicos no âmbito dos serviços de saúde, gerando descontinuidade de ações em função de interesses partidários e não em função de avaliações ancoradas em necessidades reais (ANDRÉ; CIAMPONE, 2007).

REFERÊNCIAS

ANDRÉ, A. M.; CIAMPONE, M. H. T. Competências Para a Gestão de Unidades Básicas de Saúde: percepção do gestor. Rev. Esc. Enferm USP, n. 41, 2007.

RAMIRES, E. P.; LOURENÇÃO, L.G.; SANTOS, M. R. Gerenciamento em Unidades Básicas de Saúde: Conhecendo Experiências. Arq Ciênc Saúde, vol.11, n.4, 2004.

Relatório da 10ª Conferencia de Saúde. Atribuição dos Gestores do SUS. Disponível em: < http://www.datasus.gov.br/cns/REL10/ATRIBUICAO.htm>